segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Comentários Eleison: 79 SEMINARISTAS – IV

 

Por Dom Williamson

Número DCCCI (801) – 19 de novembro de 2022

 

79 SEMINARISTAS – IV

 

Os guerreiros da fé são odiados por nosso pobre mundo,

E, no entanto, é por tais homens que todo o nosso pobre mundo espera!

 

Nem sempre é fácil julgar, em muitas situações, se a reação correta é a justiça ou a misericórdia. O risco de a “Neofraternidade” Sacerdotal São Pio X não conseguir ensinar a seus 79 novos seminaristas a lição mais importante de seu Fundador, o Arcebispo Lefebvre (1905-1991), deveria ser novamente apontado? Ou deveria ser menos enfatizado do que o foi nos últimos números destes “Comentários”? Visto que essa “lição mais importante” é central para o futuro da Igreja Universal, que se dedique mais um número destes “Comentários” não ao que a Neofraternidade continua fazendo de bom a serviço da Igreja, mas ao que está fazendo de mau, ou melhor, a quanto mais poderia estar fazendo de bom se não se tivesse desviado oficialmente do equilíbrio entre Verdade e Autoridade traçado por seu Fundador.

 

Quando, em 1970, o Arcebispo fundou a Fraternidade Sacerdotal São Pio X com seu seminário tradicional em Friburgo, na Suíça, ele cuidou para que não fosse um “seminário selvagem”, mas tivesse a aprovação oficial da Igreja por parte do Bispo da diocese local. A Neoigreja do Vaticano II (1962-1965) não gostou do que viu, mas a Roma oficial esperou alguns anos antes de intervir, sem dúvida na esperança de que a Fraternidade e o seminário tradicionais fracassassem por si sós. Mas quando, pelo contrário, eles floresceram, os modernistas atacaram. Em 1975 eles “dissolveram” a Fraternidade e ordenaram que se dissovesse o seminário de Écône. O Arcebispo recusou-se a obedecer, porque existe na verdadeira Igreja um procedimento objetivo do Direito Canônico para tal dissolução e supressão, que não se havia seguido corretamente.

 

Portanto, o Arcebispo continuou com a sua Fraternidade defendendo a Verdade, enquanto “Roma”, com toda a sua “Autoridade”, continuou sua perseguição, alegando que nada que se opusesse a essa Autoridade poderia pertencer à Verdade ou à unidade católica. Normalmente isso é verdade, porque a Autoridade católica normalmente está unida à Verdade Católica, mas, de forma bastante anormal, no Vaticano II a Autoridade católica alijou a Verdade em prol da “atualização”. Ora, sem dúvida, muitos dos colegas do Arcebispo viram que ele estava certo e que “Roma” estava errada, mas tal é a força da Autoridade católica que até 1981 nenhum outro Bispo o apoiou publicamente. No entanto, o Arcebispo não se intimidou. Em 1982, para ajudar a preparar sua sucessão, ele nomeou um Superior Geral para assumir a administração da Fraternidade, que agora era mundial, mas reservou para si todas as relações da Fraternidade com Roma, sem dúvida porque temia que o grupo dos principais Chapeuzinhos Vermelhos da Fraternidade fossem todos comidos vivos pelos que ele sabia que eram os Grandes Lobos Maus de Roma.

 

E assim aconteceu. Enquanto ele viveu, os Chapeuzinhos Vermelhos seguiram colocando a Verdade antes da Autoridade, colocando a doutrina antes da diplomacia; mas assim que ele morreu, eles começaram a fazer cara de cordeiro para os modernistas romanos. Os contatos com “Roma” foram restebelecidos, e até hoje a Neofraternidade não consagrou os Bispos católicos necessários para a Verdade em todo o mundo, como o Arcebispo fez em 1988. Pelo contrário, esperará que o assassino da Tradição dê “sinal verde” para que a Neofraternidade consagre esses Bispos para a Tradição! Oh, queridos Chapeuzinhos Vermelhos! Mas aqueles que cometem assassinato são assassinos! Quem vocês pensam que são? São esses os frutos se se prefere a Autoridade à Verdade.

 

Mas nisso a Neofraternidade está empenhada. O Padre veterano defensor da verdade que escreveu o excelente artigo sobre a Torre de Babel, resumido em dois números destes “Comentários” (763 e 788), foi repreendido por seu (jovem) Superior por escrever em público sobre temas da atualidade. Ele nem mesmo pode escrever sobre “filosofia ou teologia”! Ele só pode escrever sobre assuntos “espirituais ou edificantes”! E um seminarista de visão mais clara teme que a “amabilidade” em seu seminário da FSSPX esteja para prevalecer sobre a “luta pela Fé”, e que qualquer seminarista lutador e com caráter esteja sendo desencorajado, neutralizado e marginalizado. E assim, caso a Neofraternidade consiga o que quer, 79 seminaristas se tornarão 79 Chapeuzinhos Vermelhos? Que Deus nos livre disto!

Kyrie eleison.

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Comentários Eleison: 79 SEMINARISTAS – III

 

Por Dom Williamson

Número DCCC (800) – 12 de novembro de 2022

 

79 SEMINARISTAS – III

 

Tenha paciência, muitas mentiras serão desfeitas em breve.

A ira de Deus fará com que desapareçam.

 

Nas últimas duas semanas, estes “Comentários” apresentaram as aparentes boas notícias de um número recorde de novos seminaristas para o novo ano letivo nos quatro grandes seminários da “Fraternidade Sacerdotal São Pio X”, mas os “Comentários” também questionaram se essas boas notícias seriam tão boas como aparentam. Pois, tal como o Vaticano II (1962-1965) substituiu oficialmente a verdadeira Igreja Católica pela Neoigreja conciliar, centrada no homem e não em Deus, também o Capítulo Geral da Fraternidade de 2012 substituiu oficialmente a verdadeira Fraternidade do Arcebispo Lefebvre por uma Neofraternidade essencialmente diferente. O que resta demonstrar é que o que aconteceu com a Fraternidade em 2012 foi uma mudança tal que lançou dúvidas sobre se a notícia das 79 novas vocações sacerdotais é realmente boa.

 

Louvado seja Deus por tantos jovens que ainda hoje têm fé, coragem e boa vontade suficientes para quererem ser padres tradicionais, e louvada seja a Neofraternidade por manter tradição católica suficiente para atrair esses jovens. Contudo, nos seminários da Neofraternidade sob o controle dos sucessores do Arcebispo, eles aprenderão o que teriam aprendido enquanto o Arcebispo ainda estava no controle? Certamente não. E será que isso importa? Certamente sim. E em que consiste essa diferença?

 

Antes de 2012, um princípio estabelecido pelo Arcebispo ainda era a política oficial da Fraternidade em relação a Roma, nomeadamente, que não pode haver um acordo meramente prático entre a FSSPX e a Neoigreja sem que primeiro haja um acordo doutrinal, em outras palavras, a Verdade antes da Autoridade. Pelo contrário, já que em 2012 qualquer acordo doutrinal parecia impossível, o Capítulo Geral daquele ano estabeleceu como princípio que, mesmo sem um acordo doutrinal, ainda seria possível e desejável um acordo prático com Roma, ou seja, simpatia com a Autoridade mesmo sem a Verdade. Ora, para ser justo com a Neofraternidade, isto não significava aceitar nem o Vaticano II (a teoria do modernismo) nem a Missa Nova (a sua prática), para que não se pudesse acusar a Neofraternidade de abandonar completamente a Verdade. Mas enquanto o Arcebispo, após 1988, cortou todo o contato prático com os modernistas infiéis, pelo contrário, quase tão logo após a sua morte, em 1991, os seus sucessores renovaram esses contatos perigosos, mas supostamente inofensivos (haverá de fato algo mais escorregadio ou infeccioso do que a heresia do modernismo?).

 

E considerando que o Arcebispo Lefebvre coroou sua longa e ilustre carreira como Bispo católico salvando a Tradição Católica (Verdade) para toda a Igreja, ao consagrar quatro Bispos para assegurar a sobrevivência da Fraternidade em 1988 contra a condenação expressa do Papa (Autoridade); e considerando que o Arcebispo Viganò continua em seus gloriosos passos ao (Verdade) denunciar clara e publicamente os crimes indescritíveis da nossa atual Igreja (Autoridade) e dos líderes mundiais; pelo contrário, a Neofraternidade oficial é silenciosa ou crítica em relação ao Arcebispo Viganò (Verdade), mas acata a aparente Autoridade, por exemplo: no mundo, no que diz respeito à abominável “vacina” da covid, e, na Igreja, em relação ao Papa Bergoglio, porque a Neofraternidade quer que este notório assassino da Tradição Católica dê sua aprovação oficial à sua consagração de Bispos para a Tradição! O Pe. Schmidberger (Superior-Geral da FSSPX de 1982 a 1994) não disse recentemente a um leigo que perguntou sobre os Bispos tão necessários para a FSSPX, que não está consagrando nenhum, porque estava esperando a luz verde do Papa Bergoglio? A Neofraternidade não pode culpar ninguém mais além de si mesma por ter em 2012 conduzido a FSSPX para esse beco sem saída! E ainda pretende levar 79 padres a esse mesmo beco?

 

Tenhamos paciência. Em termos mundanos, o problema básico é que o Arcebispo Lefebvre era um velho lobo, enquanto seus sucessores têm sido, relativamente falando, crias de lobo. Ele conhecia a velha Fé e a velha Igreja, que os jovens dificilmente poderiam conhecer, e levava a velha doutrina a sério, sabendo que a Verdade católica redime o mundo. Deus é amor, sim, mas sem a Verdade Ele não pode ser o verdadeiro Deus. “Para isso nasci e para isto vim ao mundo, para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da Verdade ouve a minha voz” (Jo. XVIII, 37).

 

Seminaristas, antigos ou novos, ouçam a Sua voz!

 

Kyrie eleison.

 

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Comentários Eleison: 79 SEMINARISTAS – II

 

Por Dom Williamson

Número DCCXCIX (799) – 5 de novembro de 2022

 

79 SEMINARISTAS – II

 

Como os “bons” clérigos católicos podem errar tanto?

A influência modernizadora é muito forte.

Nestes “Comentários” da semana passada se mencionou a notícia de uma entrada recorde para o novo ano letivo de 79 jovens para experimentar sua vocação ao sacerdócio católico tradicional nos quatro seminários maiores da chamada “Fraternidade Sacerdotal São Pio X”. Esta deveria ser uma boa notícia para toda a Igreja Católica, porque todo padre tradicional uma vez ordenado será uma fonte de sacramentos tradicionais para o benefício de todas as almas católicas. Mas, na realidade, pode não ser uma notícia tão boa, por duas razões em particular, as quais requerem oração, e das quais apenas uma foi mencionada na semana passada.

 

A segunda razão precisa de pouca explicação, mas é muito real: a eletrônica. Quando o Pe. Franz Schmidberger era Superior Geral da FSSPX, de 1982 a 1994, um leigo lhe teria dito certa vez que a eletrônica destruiria seus sacerdotes. Ele se referia, é claro, ao pântano de tentações contra a pureza sagrada que a televisão e a Internet disponibilizavam com tanta facilidade; e isso foi antes mesmo da invenção do Smartphone, que chegou alguns anos depois. E realmente, não está se tornando quase sobre-humano para um jovem nascido e criado muito depois da invenção dessas máquinas manter-se longe de sua sedução? É claro que Deus e Sua Mãe podem conduzir um rapaz ou uma moça através de um labirinto de esgotos e trazê-los cheirando a rosas, mas dado o respeito de Deus pelo livre-arbítrio com o qual Ele dotou cada um deles, não podemos razoavelmente supor que casos assim serão a exceção e não a regra? E, nesse caso, quantos dos 79 rapazes não depararão com esse tipo de obstáculo no caminho para o sacerdócio? Cada sacerdote católico fiel é um grande presente de Deus. Devemos rezar por todas as 79 vocações...

 

Quanto à primeira razão, apresentada nos “Comentários” da semana passada, é menos óbvia, porque não envolve a pureza física, mas, o que é mais grave, a pureza espiritual da fé. Um leitor havia sugerido que o movimento da chamada “Resistência” católica atual poderia ter tido mais êxito em atrair vocações (como as 79), argumentava, se se tivesse estruturado adequadamente, como é muito mais comum nas comunidades católicas, como os quatro grandes seminários da “FSSPX”. Na semana passada, estes “Comentários” começaram a responder que, anormalmente nos dias de hoje, uma ênfase na estrutura é suscetível de distrair do que é mais importante, a saber, a católica, e que se pode temer que seja isso o que esteja acontecendo nos quatro seminários mencionados. Nesse sentido, aqui estão dois pontos distintos, o segundo dos quais terá de esperar até os “Comentários” da próxima semana.

 

Em relação ao primeiro ponto, afirmou-se aqui na semana passada que a essência da crise atual da Igreja consiste na ruptura do Vaticano II entre Autoridade Católica e Verdade Católica, quando as mais altas autoridades da Igreja, reunidas em Concílio, abandonaram oficialmente a Tradição da Igreja pela modernização “eclesiástica”. Isso significou que, a partir de então, os católicos tiveram de escolher: ou agarrar-se à Autoridade “obedecendo” aos modernistas e abandonando a Tradição, ou agarrar-se à Verdade e desafiar mais ou menos as aparentes “autoridades” da Igreja – podendo ainda escolher qualquer uma das várias combinações possíveis de parte da Verdade e parte da Autoridade em qualquer lugar entre os dois polos.

 

Quanto ao Arcebispo Lefebvre, sua escolha foi o máximo respeito possível pela Autoridade em Roma, o que seria coerente com não abandonar a Tradição (porque a Verdade Católica só pode estar de acordo com a Tradição). Mas quando em 1988 as autoridades romanas o puseram contra a parede pela recusa implícita delas de cuidar da Tradição, então para ele a doutrina (a Verdade) finalmente prevaleceu sobre a diplomacia (em relação à Autoridade, finalmente sem verdade). E assim ele desafiou os romanos consagrando quatro Bispos, na “Operação Sobrevivência”, em vez de “obedecer” à Autoridade sem verdade no que teria sido a “Operação Suicídio”. A “Operação Sobrevivência” assegurou à sua Fraternidade por mais de duas décadas a primazia da doutrina (a Verdade); mas depois, ao esforçarem-se para obter a aprovação oficial da Fraternidade, seus sucessores transformaram a Fraternidade na Neofraternidade, ao preferirem a Autoridade (o reconhecimento de Roma) à Verdade (a defesa da Fé). Eles estavam renunciando ao coração e à alma do Arcebispo: a defesa heroica daquela Verdade que é o coração e a alma da Igreja. Sua Neofraternidade poderia ser mais popular e mais confortável, mas não seria mais fonte de mártires.

 

Kyrie eleison.

 

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Comentários Eleison: 79 SEMINARISTAS – I

 

Por Dom Williamson

Número DCCXCVIII (798) – 29 de outubro de 2022

 

79 SEMINARISTAS – I

 

Que Deus abençoe os jovens que nos dias de hoje buscam a vontade de Deus.

Mas, as estruturas os ensinarão? Temos de rezar. 

Uma boa notícia para o que se pode chamar Neofraternidade Sacerdotal São Pio X é que este ano teve em seus quatro seminários principais, tomados em conjunto, uma entrada recorde de 79 jovens que se mobilizaram para experimentar suas vocações para o sacerdócio católico tradicional: Flavigny ( Écône), França, 21; Zaitzkofen, Alemanha, 21; Dillwyn, EUA, 28; e La Reja, América Latina, 9. No mundo antitradicional de hoje, isso é uma proeza admirável, e embora alguns desses candidatos certamente não haverão de perseverar até o sacerdócio, representa uma séria esperança de muitos deles estarem disponibilizando sacramentos católicos daqui a, digamos, seis anos.

 

Em contraste, o único seminário clássico do que se pode chamar o movimento “Resistência” em Morannes, na França, tem apenas um ou dois jovens que entram este ano para experimentar a sua vocação. Pelo menos um leitor destes “Comentários” se pergunta se a “Resistência”, desde o momento em que começou, não deveria ter-se estruturado com uma Congregação e um seminário organizados – como o foi com a Fraternidade do Arcebispo Lefebvre – para recolher e reunir refugiados e dissidentes daquela FSSPX original, em vez de deixá-los simplesmente desaparecer na obscuridade independente. O mesmo leitor concede que a substância ou o conteúdo da Neofraternidade já não é o que era sob o Arcebispo, mas atribui esse declínio mais a uma falta de liderança do que a uma manutenção da estrutura e da organização, de modo que se tão somente a “Resistência” não tivesse tendido a desistir da estrutura, poderia ter tido mais sucesso do que, por assim dizer, um ou dois para 79.

 

A questão é séria, e existe desde o início da “Resistência”, porque Nosso Senhor instituiu a Igreja Católica como a monarquia de um Papa (Pedro) com Apóstolos (Bispos) e Discípulos (Padres), e leigos organizados hierarquicamente abaixo dele, tendo cada membro dessa hierarquia um Superior legítimo ou Superiores legítimos, inclusive o Papa, que responde a Deus pela forma como governa a todos os católicos abaixo de si. Esta estrutura já é clara no Novo Testamento desde o início da Igreja, e depende da obediência de todos os católicos aos seus respectivos Superiores para que a Igreja se mantenha unida, e para salvar almas para a eternidade, mantendo intactas a verdade e a moral católicas. Ademais, pela Sua própria morte atroz na Cruz, Nosso Senhor deu aos católicos o exemplo sublime da obediência de que precisariam como Seus seguidores para fazer a vontade do Pai no céu.

 

No entanto, essa obediência e a estrutura da Igreja que a acompanha não é um fim em si mesma. Seu fim ou propósito final é a salvação das almas para a glória de Deus. Assim, o último cânon do Código de Direito Canônico da Igreja afirma que “A lei suprema é a salvação das almas”. Mas as almas não podem salvar-se se a menos que agradem a Deus, e não podem agradar a Deus sem fé (Hebreus XI, 6). Portanto, um propósito primordial da Autoridade da Igreja é proteger a Verdade Católica entre os homens contra a devastação que lhe será causada pelos seus pecados originais e pessoais. Em outras palavras, a Verdade Católica é o propósito e a substância da Autoridade Católica, e não o contrário. Assim, em Sua Paixão, Nosso Senhor diz a Pedro que Satanás o colocará à prova, mas Nosso Senhor estará a rezar para que a sua “fé não desfaleça”, e uma vez que o próprio Pedro “se tenha convertido novamente” (entenda-se, de sua tripla negação da Verdade), então que utilize sua Autoridade para “fortalecer os seus irmãos”, ou seja, os outros Apóstolos. A Verdade é a base da Autoridade de Pedro (Lc. XXII, 31).

 

Mas o coração e a alma da atual crise da Igreja, sem precedentes em toda a história da Igreja, é que o Vaticano II (1962 a 1965) separou a Autoridade Católica da Verdade Católica. A partir de então, contando para trás seis Papas sucessivos, a hierarquia católica abandonou a Tradição Católica, forçando todos os católicos que acreditam tanto na Verdade quanto na Autoridade a se tornarem mais ou menos esquizofrênicos. Se o Arcebispo Lefebvre não tivesse aberto o caminho do regresso à Tradição, ou seja, à Verdade, nunca existiriam essas 79 vocações. Mas será que, na Neofraternidade, será ensinada a sua maior lição? Leia estes “Comentários” na próxima semana.

 

Kyrie eleison.