Por Dom Williamson
Número DCCXCVI (796)
OS EUROPEUS SÃO CULPADOS
Europa, pode haver outros dignos de culpa,
Mas, em nome de Deus, olhe
para si mesma primeiro!
Há
um bom e velho provérbio, talvez chinês, que diz: “O sábio culpa-se a si mesmo,
o tolo culpa os outros”. Não que os outros nunca sejam culpados, mas uma vez
que reconheço que tenho alguma culpa, pelo menos eu mesmo posso fazer alguma
coisa a respeito, enquanto, frequentemente, serei impotente para conseguir fazer
com que aqueles a quem eu quero culpar façam algo a respeito. Por exemplo, no atual
período de preparação da potencialmente catastrófica Terceira Guerra Mundial,
alguns europeus estão sendo tentados a culpar tanto os Estados Unidos, como os
judeus por atrás dos Estados Unidos, pela cegueira suicida das nações
europeias, que se comportam como marionetes dos Estados Unidos. Mas, numa
perspectiva mais elevada, os europeus seriam mais sensatos se se culpassem a si
próprios.
Pois
é verdade que os judeus exercem um enorme poder nos Estados Unidos, de modo que
se diz que quatro em cada cinco membros do gabinete pelo qual o Presidente
Biden governa o país são judeus – sem dúvida uma razão para ele ter ganho o
apelido de “Presidente Bidenstein”. Mas quem foi responsável pela eleição do presidente
Biden, ou pelo menos por não levantar-se contra a total falsidade da sua “eleição”
em 2020, senão o povo americano como um todo? E se então os europeus querem
culpar os americanos como um todo, quem são os americanos senão, essencialmente,
os descendentes dos europeus que emigraram a partir da Reforma através do
Atlântico? À questão de quem é a pessoa central na história dos EUA, não é surpreendente
à primeira vista a resposta de Charles Coulombe, de que se trata de um inglês, o
Rei Henrique VIII – resposta que é realmente muito razoável? Coulombe chamou a
sua história dos Estados Unidos “Progresso dos Puritanos”. A religião é decisiva.
Mais
perto do nosso tempo, quem, senão um europeu, assinou a Declaração de Balfour para
prometer aos judeus a Terra Santa se eles trouxessem os EUA para a Primeira Guerra
Mundial do lado da Inglaterra e da França?
E quem, se não europeus, para alcançar o mesmo propósito, organizou o
truque do torpedo do “Lusitania”? Quem, então, senão os europeus, foi
responsável pelos soldados americanos terem inclinado o equilíbrio da guerra
contra a Alemanha, em 1918, assegurando, assim, que os diplomatas americanos,
com o seu presidente Wilson, desempenhassem também um papel decisivo na elaboração
do Tratado de Versalhes, em 1919, que foi concebido para provocar a Segunda
Guerra Mundial? E quando esta eclodiu devidamente em 1939 para resistir ao
poderio militar de uma Alemanha reanimada, qual era a grande esperança da
Europa subjugada senão trazer de novo os Estados Unidos em seu auxílio, o que o
presidente Roosevelt conseguiu com o truque de Pearl Harbour, em 1941? E depois
da Segunda Guerra Mundial, quem, senão os europeus, confiou nos Estados Unidos
para formar – e em grande parte pagando para isso – a aliança defensiva da OTAN
para proteger a Europa Ocidental da ameaça de invasão do Exército Vermelho da
Rússia soviética? Poderá o Presidente Trump ser responsabilizado por ter
querido que a Europa pagasse pela sua própria defesa?
Mas,
por que os americanos teriam razão em considerar que os europeus, na época e agora,
são demasiado covardes e decadentes para defender o “Ocidente” por si mesmos?
Porque, como disse Hilaire Belloc, “A Fé é a Europa, e a Europa é a Fé”. Mas a
Europa continua perdendo constantemente a Fé, sobretudo desde a Reforma, que
abriu o caminho para que a judeu-maçonaria começasse a transformar a “Cristandade”
em “civilização ocidental” por um processo de decadência que atingiu o seu
clímax com o Vaticano II (1962-1965), onde não foi o Potomac, o rio de
Washington, nos EUA, mas sim quatro países do Reno que desaguaram no rio Tibre
de Roma: França, Alemanha, Holanda e Bélgica.
Pois,
mais uma vez, os europeus podem muito bem acusar o Vaticano II de ter “americanizado”
a Igreja, e a acusação tem fundamento, mas quando os Cardeais e Bispos
americanos no Concílio promoveram vigorosamente a adoção pela Igreja Católica
do ideal de “liberdade religiosa” do seu próprio país, não tiveram a maioria
dos votos no plenário do Concílio. Quem a teve? Franceses, alemães, holandeses
e belgas. Estes últimos completaram a vitória temporária do liberalismo sobre a
Igreja Católica. Mas tenhamos paciência.
Deus Todo-Poderoso está longe de ter dito a Sua última palavra.
Kyrie
eleison.
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