Por Dom Williamson
Número DCCCXV (815) – 25 de fevereiro de 2023
VIGANÒ REVIGORANTE
Por fim,
um alto clérigo falando com clareza,
E é por
isso que amamos o Arcebispo Viganò.
Em
outro atordoante texto do Arcebispo Viganò, publicado em 24 de janeiro, em nome
do Deus verdadeiro, da Igreja verdadeira e da Missa verdadeira, ele castiga a Neoigreja
do Vaticano II e sua falsa “Missa”. Aqui está um resumo cruelmente curto do
longo artigo original, que pode ser acessado em https://www.lifesitenews.com/opinion/abp-vigano-the-latin-mass-and-novus-ordo-cannot-coexist-this-is-a-battle-between-christ-and-satan/
O
Vaticano II, não sendo um Concílio dogmático, não pretendeu definir nenhuma
verdade doutrinária, limitando-se a reafirmar, frequentemente de forma pouco
clara, doutrinas previamente definidas de maneira clara e inequívoca pela
autoridade infalível do Magistério. O CVII foi indevida e forçosamente
considerado como “o” Concílio, o “superdogma” da nova “Igreja Conciliar”, a
ponto de redefinir a Igreja com ênfase nesse acontecimento.
Em
toda a história da Igreja até o Vaticano II, que um Concílio pudesse, com
efeito, ter mais autoridade do que vinte Concílios dogmáticos é algo que nunca
havia acontecido. No entanto, aconteceu, em meio ao silêncio da maioria do episcopado
e com a aprovação de cinco Romanos Pontífices, de João XXIII a Bento XVI. E
nestes cinquenta anos de revolução permanente, nenhum desses Papas jamais
questionou o “magistério” do Vaticano II, ou ousou condenar suas teses
heréticas ou esclarecer sua dupla linguagem.
Pelo
contrário, todos os Papas desde Paulo VI tornaram o Vaticano II e sua
implementação algo tão central no programa de seu pontificado, que subordinaram
e atrelaram sua autoridade papal a tudo o que o Concílio ditou. Seu
“magistério” começa com o Vaticano II e termina ali, e os sucessivos Papas
proclamaram seus predecessores imediatos como santos pelo simples fato de terem
convocado, concluído ou aplicado o Concílio. A terminologia teológica também
foi adaptada à linguagem dupla dos textos conciliares, chegando a adotar como
doutrinas definidas coisas que antes do Concílio eram consideradas heréticas,
como o estado estar acima da religião.
Pela
primeira vez, o Papa Bergoglio está perfeitamente certo quando afirma que a
Missa Tridentina é uma ameaça intolerável ao Vaticano II, porque de fato essa
Missa é tão católica que mina qualquer tentativa de coexistência pacífica entre
as duas “formas” do mesmo Rito Romano. Realmente, é absurdo conceber uma
“forma” montiniana comum e uma “forma” tridentina extraordinária. O Novus Ordo
é a expressão do culto de uma religião muito diferente – a da “Igreja Conciliar”.
É um rito espúrio e equívoco, tão “favorecedor da heresia” que só merece ser
suprimido e eliminado.
Não
me surpreenderia se, em um futuro muito próximo, aqueles que abusam da
autoridade papal para demolir a verdadeira Igreja não só limitassem a
celebração da Missa antiga, como também a proibissem completamente. Se Roma vier
a proibir a celebração da Missa antiga, os católicos que acreditam que podem
servir a dois senhores – a Igreja de Cristo e a Igreja Conciliar – descobrirão
que foram enganados. E terão de escolher entre desobedecer a uma ordem ilícita
para obedecer a Deus, ou então curvar a cabeça à vontade dos tiranos que traem
seu dever como ministros de Deus.
Tudo
isso se trata nada menos que da batalha entre Cristo e Satanás. Uma batalha
pela Missa, que é o coração da nossa Fé, o trono sobre o qual desce o Divino
Rei Eucarístico, o Calvário sobre o qual se renova de forma incruenta a
imolação do Cordeiro Imaculado. Essa batalha deve ser travada sobre a diferença
essencial entre a visão centrada em Deus da Missa Tridentina e a visão centrada
no homem de sua falsificação conciliar. Cuidemos para que, por mais indignos
que sejamos, mereçamos o louvor futuro da Igreja, enquanto nos preparamos para
as provações por meio das quais daremos testemunho de nosso pertencimento a Cristo.
Kyrie
eleison.
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